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O Brasil perde aproximadamente seis por cento da produção de grãos durante a colheita, transporte e armazenagem dos produtos. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento o Brasil produziu entre o ano de 2012 e 2013, mais de 76 milhões de tonelada de milho, o segundo cereal mais produzido depois da soja no país. Com base nesses dados foram perdidos quatro milhões de toneladas do produto, antes mesmo de chegar ao mercado. O produtor de milho, em Juí no Rio Grande do Sul, Cláudio de Jesus afirma que tem perdido menos grãos devido à precisão das novas máquinas agrícolas. Para ele, a maior perda do milho não está relacionada à fase da colheita. "As últimas plataformas que tem saído no mercado tem tido uma eficiência maior, mas sempre existe uma perda de grãos, mas o que a gente percebe na média geral e no meu caso também essa perca vem diminuindo de ano a ano, principalmente com as novas tecnologias. Eu acho que a perda maior hoje, principalmente o milho, está nas armazenagens, na secagem do grão e no transporte". Já o professor especialista em tecnologia pós-colheita da Universidade de Campinas, Armando Kazuo Fujii, confirma que a parte mais crítica desse processo é a armazenagem. Segundo o professor, quando o produtor não armazena os grãos de maneira correta, a perda pode ser maior do que nos outros estágios da produção. Segundo o professor, Armando Kazuo Fujii "As propriedades de menor poder aquisitivo, eles têm encontrado dificuldade para secar e armazenar o produto. As perdas que eu tenho conhecimento nas estradas ficam ao redor ai de um a dois por cento, sendo que, o manuseio mal feito nas unidades armazenadoras pode ocasionar perdas muito maiores, cerca de cinco dez por cento".
O Brasil colhe aproximadamente 190 milhões de toneladas de grãos por ano, boa parte desta produção é exportada. Os dados são Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, segundo a entidade, de janeiro a agosto deste ano, o país já exportou mais de 50 milhões de toneladas de soja e milho.
